Photofocus

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Prepare-se para o PIP 2009

sábado, 26 de setembro de 2009

Grandes fotógrafos, belíssimas imagens

Dois vídeos sobre dois grandes "sábios" das lentes fotográficas estão disponíveis no Youtube. O primeiro, mostra uma edição de entrevista e imagens de Cartier-Bresson, um dos maiores (quiçá o mais reverenciado) fotógrafo de todos os tempos. Algumas das célebres imagens de Bresson podem ser conferidas em exposição em São Paulo (que já abordei em outro post).

O outro vídeo é uma entrevista com Sebastião Salgado, onde o fotógrafo brasileiro, um dos mais conceituados no mundo, conta um pouco de sua trajetória, com simplicidade e até mesmo sem deslumbre. Vale a pena conferir para se inspirar.

Conceito de Câmara Escura

Um dos elementos mais básicos e fundamentais da fotografia é o conceito de Câmara Escura, um princípio óptico de formação da imagem, um recurso conhecido desde a Antiguidade para observação de astros celestes e que se desenvolveu na Renascença na utilização pela pintura para esboço de traços da realidade.
No princípio da Câmara Escura (ou Câmara Obscura) consistia em manter um cômodo totalmente escuro, com um orifício em uma das paredes que permitia projetar, na parede oposta a ela (toda branca), uma imagem da parte externa, porém na posição invertida (de cabeça para baixo).

COMO ASSIM???
Para explicar melhor como isso funciona (e o que isso tem a ver com fotografia), veja o vídeo do Mundo de Beakman (adorava esse cara, quem não o conhece certamente tem menos de 20 anos....)

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Entendeu como funciona?
Isso também acontece nas máquinas fotográficas. A luz refletida pelos objetos entra através da lente e projeta a imagem do mundo real no sensor fotográfico (ou o negativo, nas câmeras antigas).
Dessa forma,vemos que fotografia é a escrita com luz.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Salgado prepara novo trabalho

Bastante interessante a entrevista que Sebastião Salgado deu ao Jornal O Estado de São Paulo. Ele comenta sua trajetória na fotografia publicitária, jornalística, e até mesmo engajada.

Ele também fala sobre novo trabalho, entitulado Gênesis, o qual pretende ser o último de grandes proporções. A intenção será buscar em locais inóspitos, como Galápagos, as formas mais primitivas da vida terrena.

Embora haja um belo indescritível em suas imagens, Salgado as caracteriza como jornalismo e rebate as críticas de que faria estética com a miséria alheia. Vale a pena ler.

Arte pelos poros

É de conhecimento de meus colegas, familiares e alunos que estou cursando Pedagogia. Para quem sempre teve vontade de ensinar, fazer este curso, além de ampliar meus conhecimentos e me fazer refletir sobre minha prática docente, tem me trazido recordações e constatações que há muito haviam sido deixadas em um "canto" da minha consciência. É o que tem ocorrido na disciplina "Saberes da Arte", que propôs como atividade o seguinte questionamento: "como foi ou tem sido sua experiência com arte". Dei-me conta, então, que a arte está em mim desde sempre.

Quando criança, sempre me identifiquei com as habilidades artísticas muito mais do que com esportes ou outras coisas de criança. Mas a primeira experiência oficial de aprendizagem foi aos 7 anos que, por necessidade motora (minhas pernas eram tortas), comecei a fazer aulas de ballet clássico em uma pequena escola particular na minha cidade (Cubatão).

Meses mais tarde, um fato iria me aproximar ainda mais das expressões artísticas: a criação de um Conservatório Municipal. Minha mãe me transferiu pra lá e, além das aulas de dança, decidi que iria aprender a tocar piano.

E lá se foram mais de 8 anos de dedicação à dança, a instrumentos musicais como piano, flauta doce, acordeom, violino, e ao canto coral. Nesse período eu compunha algumas canções (bobinhas, eu confesso), escrevia poesia, e cantava mais que um sabiá alegre (cantar preenche a alma).

Aos 14 anos, tinha a convicção de que iria fazer faculdade de música e seguir por este caminho. Mas as dificuldades da vida me fizeram mudar o percurso, mas não me fizeram distanciar totalmente do mundo artístico.

Fiz faculdade de Jornalismo, onde fui apresentada a uma outra paixão: a fotografia, modalidade esta que me acompanha ainda hoje, pois leciono esta expressão artística na Unaerp Guarujá. Outra habilidade desenvolvida na faculdade, as artes gráficas, também fazem parte da minha vida profissional, pois faço o planejamento gráfico uma revista sobre turismo aqui na Baixada Santista. A fotografia também me proporcionou conhecer o amor da minha vida, a pessoa com quem decidi dividir a vida e a profissão.

Quis contar tudo isso pois até eu mesma não tinha me dado conta que a Arte estaria tão enraizada em minha existência. E graças a essa atividade do curso de Pedagogia, pude tomar consciência disso.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Percepção estética de uma obra de arte

Como as pessoas percebem a arte? O que seria percepção estética? O que é arte e o que a fotografia tem a ver com tudo isso?

Arte é o campo do conhecimento que abarca toda a modalidade de expressão artística, para contemplação, para transmissão de ideais e de sentimentos. “A arte é a linguagem das sensações, que faz entrar nas palavras, nas cores, nos sons ou nas pedras” (DELEUZE e GUATTARI, 2004, p.228). A palavra deriva do latim “Ars”, correspondente do termo em grego “tekne”. Conforme esclarece Araujo (s/d, www), a arte no sentido amplo significa o meio de fazer ou produzir alguma coisa, sabendo que os termos tékne e póiesis se traduzem em criação, fabricação ou produção de algo”.

De acordo com o Moderno Dicionário da Língua Portuguesa (MICHAELIS, s/d), percepção significa “ato, efeito ou faculdade de perceber; recepção, pelos centros nervosos, de impressões colhidas pelos sentidos” ou ainda “faculdade de perceber pelos sentidos”. Já a palavra sensação, descreve o dicionário, é a “função ou ação dos sentidos”, ou “condição mental ou emocional produzida pela impressão de um órgão do sentido” (MICHAELIS, s/d), que levará à emoção, que é um

Complexo estado moral que envolve modificações da respiração, circulação e secreções, bem como repercussões mentais de excitação ou depressão; nas emoções intensas as funções intelectuais deperecem ou se desorganizam (MICHAELIS, s/d)

Por fim, estética é “o estudo que determina o caráter do belo nas produções naturais e artísticas” (MICHAELIS, s/d). Kant (apud VALE, 2005) esclarece que a estética “é um estado de vida de direito próprio, uma capacidade de fruição intimamente relacionada a outras capacidades cognitivas do ser humano, sem depender, necessariamente, da aquisição de conhecimento”. O conceito kantiniano de estética demonstra que “para contemplar o belo, o sujeito não se vale das determinações das capacidades cognitivas das faculdades do conhecimento”.

Publicações sobre Filosofia e Estética da Arte designam a percepção estética como "proposição do conhecimento sobre a obra de arte, de reflexão reconstrutiva da experiência” (PUCRS, 2001, p. 305), ou ainda, a “captação da forma expressiva da obra de arte” (PAVIANI, 1973, p. 58).Em outra obra, Paviani (1991, p. 47-64) dedica um capítulo inteiro sobre a percepção e a reflexão estética.

O autor coloca a arte como “pensamento ‘sobre o mundo’ e manifestação da vida” e a obra de arte permitirá duas vivências: a produção e a recepção da obra, ou seja, a percepção estética produtora e a percepção estética receptora.

Uma vez produzida a obra, o interesse maior está na percepção estética do leitor, o qual não só a lê e a sente, mas lê e sente o mundo através dela. A obra oferece ao leitor a inteligibilidade daquilo que percebe (...) A percepção estética é atividade e não simples contemplação. Implica uma racionalidade laboriosa, indagadora, pois ela não exclui a imaginação, a emoção, e os processos inconscientes. (PAVIANI, 1991, p. 47-64)

Dessa forma, podemos posicionar a percepção estética como a interação entre o sujeito e a obra de arte, para resignificar a si e ao mundo, dentro de um contexto histórico e cultural. E a fotografia, como uma modalidade artística, vale-se desse processo para interação do autor com seus leitores imagéticos.

Boa foto é tudo!!!

Pessoal, vale a dica da Damaris Garcia, que foi minha aluna de Fotografia Publicitária, sobre a diferença de uma boa imagem fotográfica na Publicidade e o produto em si.

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